
Créditos: MimosoNews
Por: Luís Salvador Oldi Gimarães (Dodô)
A República Árabe da Síria não é um país muito grande. Ela faz fronteira com a Jordânia ao sul, com Israel a sudoeste, com o Iraque ao leste, com a Turquia ao norte e com o Líbano e é banhada pelo Mar Mediterrâneo a oeste. Politicamente, o país era uma república unitária, transformado pela Constituição de 2012 em uma república semipresidencial, e está dividido em quatorze províncias. Sua inserção internacional se dá, principalmente, por meio da participação nas Nações Unidas e no Movimento dos Não-Alinhados. Dadas às instabilidades de 2011, o país foi suspenso da Liga Árabe e da Organização da Cooperação Islâmica, e se retirou voluntariamente da União Pelo Mediterrâneo.
O nome Síria diz respeito a uma região mais ampla, também conhecida como Levante, historicamente fruto das “províncias sírias” mantidas pelo Império Otomano.
Com a derrota do Império Otomano durante a Primeira Guerra Mundial, este território foi dividido em áreas de influência britânicas e francesas através do Acordo Sykes-Picot (1916), pelo qual a atual Síria se tornou um protetorado francês.
Em 08/03/1920 a síria declara a sua Independência com o rei Faiçal I. A Batalha de Maysalun ocorreu em 24/07/1920.
Só que a administração francesa sofreu forte resistência síria, encarnada na figura do Sultão Al-atrash, que liderou as revoltas em 1923 e 1925-1927 que acabaram por se expandir por todo o território da Síria e por partes do Líbano. Para conter as rebeliões, a França enviou tropas estacionadas no Senegal e Marrocos.
Em 1936, foi negociado o tratado de independência, que apontou Hashim al-Atassi como o primeiro presidente da Síria moderna.
Lembrando que Faiçal I (presidente do Iraque) morreu em 08/09/1933. Estes dois países eram parceiros (pensaram até em se unir).
A França decretou guerra à Alemanha em 03/09/1939.
Entretanto, devido a entraves no sistema legislativo francês, o tratado não chegou a vigorar plenamente, e, em 1940, o país foi colocado sob o governo da França de Vichy e ocupado por tropas francesas e britânicas como parte do esforço da Segunda Guerra Mundial. Com o término do conflito, pressões de grupos nacionalistas sírios culminaram na evacuação das tropas francesas, e um governo republicano foi estabelecido.
Charles de Gaulle assume a Presidência da França em 1944.
O período republicano (1946-1963) foi marcado por instabilidades e golpes de estado. Em 1948, por exemplo, uma coalizão de forças sírias e de demais países árabes participou da invasão à Palestina e invadiu também os assentamentos judeus com o objetivo de impedir a criação do Estado de Israel, no que ficou conhecido como a “Nakba”.
Os alemães lançaram a sua ofensiva no ocidente a 10 de maio de 1940 e foram rapidamente bem-sucedidos, ocupando Paris em meados de Junho desse mesmo ano (1940).
Em 05/07/1940 Inglaterra e França cortaram as relações diplomáticas entre eles.
14/05/1948 é fundado Israel pelos britânicos (Tratado de Balfour).
Em 24/12/1951 a Síria sofre o segundo golpe de Estado o primeiro Golpe de Estado já havia ocorrido em 01/03/1949. Porque existia uma tendência de a Síria se juntar com o Iraque.
06/12/1960 morre Hashim al-Atassi que foi Presidente da Síria por três mandatos.
Nakbá, esta palavra em português quer dizer catástrofe, mas, é uma palavra do idioma árabe. Com a derrota dos países árabes, a Síria sofreu três golpes de Estado consecutivos em 1949. Outro golpe em 1954 que colocou em vigor um sistema parlamentar no país. Em 1958, foi anunciada a união entre os territórios da Síria e do Egito para a criação da República Árabe Unida. Este novo Estado vigorou até 1961, quando um golpe desvinculou a Síria desta união.
A Síria tentou se unir ao Egito, mas deu errado em 1961!
Outro golpe, em 1963, instaurou um governo baathista na Síria. O Baathismo é uma ideologia nacionalista árabe desenvolvida por teóricos sírios, que mescla características do pan-arabismo, do socialismo e do nacionalismo. Tal vertente fez com que a Síria participasse de conflitos importantes no Oriente Médio, principalmente contra Israel.
A Síria também ocupou o Líbano de 1976 a 2005, com o objetivo de enfraquecer o partido esquerdista libanês e proteger a comunidade cristã daquele país.
Pode-se, portanto, colocar a Síria como um centro político e ideológico, conectado ao restante do Oriente Médio e do mundo árabe.
Reformas econômicas iniciadas por Hafez al-Assad, presidente sírio de 1970 a 2000, e continuadas por seu filho, Bashar al-Assad, tinham ênfase em beneficiar o setor de serviços, e acabaram por impactar positivamente apenas uma minoria da população. Em adição, a Síria sofreu, o maior período de estiagem já registrado em sua história, entre 2006 e 2011. Este fenômeno fez com que o preço dos alimentos se elevasse, e causou migrações em massa das áreas rurais para as áreas urbanas (êxodo rural).
Durante o Período da Guerra Fria (12/03/1947 – 26/12/1991) a Síria se aliou com a Rússia. Um período de 45 anos. Em troca de apoio contra Israel.
Hafez al-Assad, Presidente da Síria faleceu em 2000, de um ataque cardíaco, após quase três décadas no poder. Conforme seus desejos, foi sucedido na presidência pelo seu filho, Bashar al-Assad.
A primeira etapa do conflito civil sírio foi caracterizada por mobilizações civis, que se iniciaram em janeiro de 2011. Os manifestantes pediam por reformas democráticas, e foram confrontados por forças da polícia e do exército sírio. O movimento culminou em prisões e em mortes decorrentes da violência policial. Em vista dos protestos, que cresciam em dimensão, o governo prometeu uma série de concessões, chegando, inclusive, a suspender o estado de emergência que vigorava no país há cinquenta anos, e, de acordo com os manifestantes, era utilizado para justificar prisões arbitrárias e assassinatos. Os protestos, entretanto, continuaram, uma vez que os manifestantes julgaram as promessas do governo vagas.
A transição do período de manifestações para a insurgência armada foi marcada pela criação do Exército Livre da Síria (ELS), em julho de 2011. Formado por desertores do exército sírio, a autoridade do ELS não foi inicialmente reconhecida pelas milícias locais do país.
Com a formação deste grupo insurgente (ELS), tentou-se implementar uma série de medidas pela comunidade internacional. Em dezembro de 2011, o governo Sírio concordou em receber uma delegação da Liga Árabe para a fiscalização de um acordo firmado, onde o governo aceitaria cessar a violência contra a população civil, retirar blindados e tropas militares das cidades e libertar os prisioneiros políticos. A oposição, entretanto, acusou a delegação da Liga Árabe de ser demasiado pequena, e o governo de ter lhes mostrado apenas cenas ensaiadas.
Outra tentativa foi tomada por intermédio do Secretário Geral da Organização das Nações Unidas, Kofi Annan, e da Liga Árabe, e resultou em um breve cessar-fogo em abril de 2012.
Em junho de 2012, uma conferência sediada pela ONU em Genebra com representantes da Liga Árabe produziu o Comunicado Final do Grupo de Ação sobre a Síria, que colocava seis pontos que garantiriam uma transição política pacífica para o governo sírio. Os pontos incluíam um cessar-fogo entre os partidos beligerantes sob observação da ONU; a garantia de assistência humanitária onde necessário; o apontamento de um interlocutor sírio para a ONU; a intensificação do processo de libertação de pessoas presas arbitrariamente e a garantia de liberdade de movimento para jornalistas e de liberdade de associação para a população.
O processo foi bom, entretanto, não teve continuidade.
O movimento insurgente ganhou mais força em 2012, com o ELS – Exército Livre da Síria - conquistando importantes posições no leste (divisa com o Iraque) e ao norte do país (divisa com a Turquia), chegando a capturar a porção leste de Aleppo, a cidade mais populosa da Síria.
Em 21/08/2013, no início da manhã, na cidade de Al-Ghutah em Hamoryah nos subúrbios da Síria (perto de Damasco – Capital da Síria), durante a guerra civil. Entretanto, supostos ataques pro-Assad utilizando armas químicas (foguetes lançando gás Sarin) no subúrbio de Damasco mataram centenas de pessoas, aumentando a pressão internacional. Os Estados Unidos, França e Reino Unido empreitaram medidas retaliatórias contra o regime de Assad, condenando o ataque como contrário às normas do Direito Humanitário Internacional. Por outro lado, Rússia e China se posicionaram contra possíveis intervenções na Síria.
O impasse foi resolvido de maneira diplomática, quando Rússia, Síria e os Estados Unidos assinaram um acordo que colocou as armas químicas sírias sob controle internacional. Até 2014, todo o armamento havia sido removido do território sírio.
O conflito voltou a se intensificar em 2013, com a ascensão de grupos religiosos. A filiada da al-Qaeda na Síria, Frente Al-Nusra, também chamada de Jabhat Fateh al-Sham, conseguiu relevância no conflito por se aliar a diferentes facções da oposição. Pouco tempo depois, Abu Bakr al-Baghdadi, líder da al-Qaeda no Iraque, anunciou a fusão das forças no Iraque e Síria sob o nome de Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIS). Apesar de expectativas de que os dois grupos se unissem, a Frente Al-Nusra recusou a fusão, e os dois grupos acabaram por se opor.
O aparecimento destes grupos intensificou o envolvimento internacional no conflito, principalmente de países ocidentais como os Estados Unidos e França, mas também da Turquia, Rússia e Irã.
Embora os Estados Unidos tenham apenas centralizado suas ações na Síria em uma intervenção militar em 2014, sua participação data do início do conflito, quando se iniciou um modesto programa de treinamento de grupos rebeldes. Da mesma forma, Turquia, Arábia Saudita e Qatar financiaram grupos rebeldes, e o governo sírio recebeu armamentos do Irã e do grupo libanês Hezbollah.
O grupo Estado Islâmico rapidamente tomou os territórios importantes na fronteira entre Iraque e Síria, fazendo com que os Estados Unidos anunciassem ataques aéreos no Iraque para impedir o avanço do grupo à região curda.
Os bombardeios foram ampliados em setembro de 2014 para a Síria, contando com o apoio de uma coalisão de Estados árabes.
Seguindo as ações dos Estados Unidos, o governo sírio solicitou oficialmente ajuda militar da Rússia contra os grupos rebeldes. Em resposta, a Rússia lançou ataques aéreos no noroeste do país contra as milícias de oposição, incluindo o grupo ISIS, a Frente al-Nusra e a Coalizão Nacional Síria. Oficiais russos relataram que o principal objetivo da operação seria ajudar o governo a reconquistar os territórios perdidos, enquanto o presidente Vladimir Putin o definiu como “estabilizar o poder legítimo na Síria e criar condições para o comprometimento político”.
Em outubro de 2015, o presidente estadunidense da época Barack Obama autorizou que tropas de Operações Especiais fossem deslocadas para à Síria. Embora o objetivo principal destas tropas fosse de treinar as forças locais para lutar contra o Estado Islâmico, a possibilidade do aumento no número de tropas enviadas permaneceu em aberto. Em março do ano seguinte (2016), tropas do Comando de Operações Especiais anunciaram a execução do líder do ISIS na Síria, Abu Ali al-Anbari.
No decorrer do conflito os Estados Unidos enviaram cerca de 2.500 militares à Síria. Estas tropas foram utilizadas em operações para reconquistar os territórios que haviam sido tomados pelo Estado Islâmico, como, por exemplo, as operações na cidade de Ar-Raqqah, onde foram utilizados mais de quarenta mil projéteis contra alvos do ISIS.
A fim de comparação, foram mais projéteis do que o total utilizado na invasão do Iraque em 2003.
Em 2018, um suposto ataque do governo sírio com armas químicas contra a população na cidade de Douma (cidade próxima a Damasco) teria deixado ao menos 40 mortos. Em resposta, Estados Unidos, França e Reino Unido anunciaram uma série de ataques contra prédios do governo, utilizando mísseis disparados de navios, submarinos e aeronaves. O governo sírio negou as acusações de utilizar armas químicas contra civis, e classificou a ação dos EUA como uma violação do Direito Internacional. Durante a operação foram alvejados prédios estratégicos nas cidades de Homs e Damasco.
Apoiando o governo baathista, já foram citados a Rússia, o Irã e o Hezbollah.
Além destes, destaca-se o Iraque, que desde as manifestações de 2011 ofereceu apoio financeiro ao regime de Assad, permitiu que o apoio vindo do Irã atravessasse seu território rumo à Síria, e assinou um acordo para fornecimento de combustível ao governo sírio. Em 2018, a Síria deu permissão para que o Iraque atacasse bases do ISIS em seu território sem necessidade de notificação prévia.
Apoiando a oposição síria, os principais atores são os Estados Unidos, a França, o Reino Unido, a Turquia e alguns países da Liga Árabe, como Qatar, Arábia Saudita e Jordânia.
A participação francesa, por sua vez, se intensificou a partir dos ataques terroristas que tomaram lugar em Paris, em 13 de novembro de 2015, e mataram 130 pessoas.
Citando o artigo 51 da Carta das Nações Unidas, que diz respeito ao direito das nações de autodefesa, a França intensificou ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico na Síria, principalmente na porção leste do país. A Rússia classificou os ataques franceses como ilegais, fazendo com que o porta voz de Relações Exteriores francês, Romain Nadal, emitisse um comunicado que definia os bombardeios como uma resposta apropriada ao ISIS.
No âmbito da Liga Árabe, Qatar, Jordânia e Arábia Saudita tiveram participação no conflito sírio, principalmente através da venda de armamentos e apoio aos grupos rebeldes. O Qatar ofereceu pensões de até US$ 50.000 para desertores do exército sírio e suas famílias, além de fornecer armamentos e apoio financeiro estimado em US$ 3 bilhões para grupos rebeldes.
A Jordânia, como uma reação à ameaça feita pelo ISIS de destituir a monarquia do país, se uniu aos bombardeios executados pelos Estados Unidos na Síria em setembro de 2014. Já a Arábia Saudita, em um primeiro momento financiou compras de armas para grupos rebeldes, e, posteriormente, forneceu armamento diretamente a estes grupos.
Com isso, o conflito na Síria rapidamente se internacionalizou, com intervenção de diversos países não só da região, como também europeus e os Estados Unidos. A inserção de vários atores, cada qual com agendas e interesses próprios, em uma região já altamente instável, acabou por prolongar e intensificar ainda mais o conflito.
Em janeiro de 2019, negociações envolvendo o governo dos Estados Unidos e da Turquia resultaram no início da retirada das tropas estadunidenses de território sírio. Durante uma visita à Israel e à Turquia, o então Conselheiro para Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, argumentou que tal retirada dependia de algumas condições fundamentais, como a garantia de que o restante das forças do ISIS seria derrotado e que a população curda vivendo no norte da Síria não seria ameaçada por possíveis incursões turcas. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, entretanto, rejeitou a proposta de defender as populações curdas, consideradas pela Turquia como terroristas.
Dias depois, o Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou em uma coletiva de imprensa que os Estados Unidos estariam prontos para deixar a Síria, mas que não ofereceriam ajuda para a reconstrução do país até que as forças iranianas tivessem se retirado da Síria.
Em outubro de 2019, cerca de 100 blindados dos Estados Unidos começaram a retirada das tropas no norte do país, sem nenhum acordo formal com a Turquia para a proteção das populações curdas. Durante a retirada, os curdos acusaram o presidente Donald Trump de tê-los abandonado. Cerca de 80% de 1.000 militares estadunidenses foram retirados rumo ao Iraque, sendo outros 200 relocados para a proteção de campos estratégicos de petróleo.
Ainda em outubro de 2019, a Turquia anunciou uma invasão total do território norte da Síria. Chamada de “Operação Primavera da Paz”, a ofensiva se iniciou com bombardeios aéreos em cidades na fronteira dos dois países, e tinha como objetivo principal atacar as Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês) e o Exército Árabe Sírio (SAA) para criar uma “zona segura” de 30 km entre a fronteira turca e a área de atuação destes grupos na Síria.
Bashar al-Saad ainda é o Presidente atual da Síria pelo Partido Baath - Partido Socialista Árabe Sírio - e está hoje com 57 anos de idade. Seu pai Hafez al-Assad governou a Síria por 30 anos (Morreu em 10/06/2000). O filho mais velho de Hafez al-Assad era o Bassel al-Assad, mas morreu vítima de um acidente de carro em 1994.
Bashar al-Assad pertence a seita religiosa dos alauitas. Eles são 15% da religião da Síria. Seu regime é ditatorial e foi até acusado de ter cometido Crime de Guerra. Os EEUU interferiram também na Síria. Estudou em Londres onde adquiriu uma bagagem cultural alta.
No período compreendido entre 2000 e 2011 a síria entra numa guerra civil.
A forte pressão internacional sobre Bashar al-Assad após a morte do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, cuja autoria foi atribuída aos serviços de inteligência sírios, fez com que as tropas mantidas no Líbano fossem retiradas em 2005.
Bashar al-Saad visitou, inclusive, o Brasil. Essa visita foi a primeira em que um presidente sírio veio ao Brasil. E esta visita coincide com a comemoração dos 130 anos da imigração árabe ao país. A vinda do Presidente Bashar al-Assad retribui a visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Damasco, em dezembro de 2003.
Ele chegou ao Brasil numa terça-feira dia 29/06/2010. Este fato fez 12 anos.
Israel ocupou em 1967, na Guerra dos Seis Dias, as Colinas do Golã (fica a nordeste do Lago Tiberíades), parte do território sírio, e mantém a área anexada até hoje. Os dois países já promoveram negociações sobre o assunto, mas não chegaram a um acordo. A última tentativa, mediada pela Turquia, ocorreu em 2008.
Bashar al-Saad é médico pediatra. Necessário lembrar que o Brasil exportou para à Síria US$ 52 milhões em produtos, principalmente café, açúcar e milho. Mas, já exportamos US$ 307 milhões em 2009.
Como sabemos em 1880 recebemos uma leva de sírios-libaneses em nosso País. Que entraram no país a convite de Dom Pedro II. Dom Pedro II passou alguns anos morando na Síria e convencendo os “turcos” a virem imigrar para o Brasil.
Em 2014, mesmo em meio a uma brutal guerra civil, com 191 mil mortos entre março de 2011 e abril de 2014, com quase metade da nação deslocada de suas casas e 1/3 do país nas mãos da oposição, o governo Assad levou a cabo as eleições gerais para presidente. Em quase 50 anos, foi a primeira vez que houve mais de um candidato a presidência, embora não ameaçassem a reeleição de al-Assad. Com 88,7% dos votos, o líder sírio foi declarado vitorioso da eleição, cujo resultado foi considerado duvidoso por grupos opositores anti Assad e criticada por observadores internacionais do Ocidente.