Créditos: MimosoNews
Por: Luís Salvador Poldi Guimarães (Dodô)
Um filme com duração de 3 horas e 48 minutos – longa metragem – ganhou 7 Oscar. Graças ao seu conhecimento dos beduínos, o oficial britânico T. E. Lawrence é enviado à Arábia Saudita para encontrar com o príncipe Faiçal e servir de ligação entre os árabes juntos com os ingleses na luta contra os turcos. Com a ajuda do nativo xerife Ali, Lawrence se rebela contra as ordens de seus superiores e enfrenta uma jornada através do deserto para atacar um porto turco bem protegido – Porto de Aqaba. Melhor filme, melhor realizador... Tranquilamente, foi um dos melhores filmes já produzidos. Onde num apagar de um fósforo Laurence sai da Grã-Bretanha para aparecer na Arábia Saudita. A linda cena da miragem no deserto leva 8 minutos. Uma inovação do cinema. É um épico fantástico do cinema inglês. É quando Lawrence resolve adentrar no Golfo de Aqaba por terra.
A obra-prima de Lawrence da Arábia. Lawrence foi um tenente do serviço secreto inglês que escreve um livro que se inicia, em 1914, narrando toda a sua carreira militar no Oriente Médio. A identificação com a causa árabe, cultivada quando ainda trabalhava como arqueólogo às margens do rio Eufrates, torna-o peça importante no movimento árabe contra a dominação turca; parte da manobra britânica para vencer a Alemanha, que tinha a Turquia como aliada durante a Primeira Guerra Mundial. Como oficial inglês e grande admirador da cultura árabe, aproxima-se de Faiçal, um dos líderes da revolta. Os conhecimentos do militar inglês sobre a geografia local e o exército turco, somados aos ideais de soberania da nação árabe, logo conquistam Faiçal.
E, tudo isso, faz de Lawrence um general de um exército que comandou dez mil homens. Lawrence, como um grande articulador, consegue reverter a ocupação do território árabe, impedindo a retaliação turca. Uma epopeia que só termina com a tomada de Damasco em outubro de 1918. Em 1919 torna-se conselheiro da delegação árabe na Conferência de Paz em Paris, onde vê as antigas promessas de reconhecimento da soberania da nação árabe serem desfeitas. Thomas Edward Lawrence a convite de Winston Churchill participa, em 1922, da Conferência do Cairo, como conselheiro para assuntos árabes.
Claro, que eu indico a leitura deste livro: Seven Pillars of Wisdom – Os setes pilares da sabedoria (1922). E também que assistam o filme: Lawrence da Arábia um filme de 1962, dirigido por David Lean. Este filme narra a Revolta Árabe de 1916 há 1918 contra os turcos. Estes filmes históricos são bons de serem assistidos porque são baseados em fatos reais. Este filme foi premiado com 7 Oscar.
O roteiro deste filme foi escrito por Robert Bolt e Michael Wilson, narra as experiências de Lawrence (interpretado por Peter O’Toole) na Península Arábica, começando, na verdade, com a morte do personagem em um acidente de motocicleta; durante o seu funeral, um repórter tenta entender quem era Lawrence, por meio de depoimentos de pessoas que o conheceram. Depois desse prólogo, o filme passa a focar exclusivamente na participação de Lawrence na Revolta Árabe. Ele é chamado ao escritório do General Murray (Donald Wolfit) que, influenciado por Dryden (Claude Rains), responsável britânico pelos assuntos árabes, envia-o para assessorar o Príncipe Faiçal na revolta contra os turcos.
Nessa viagem, o seu guia beduíno é morto pelo Xarife Ali (interpretado pelo egípcio Omar Sharif), um harita.
Assim, perambula sozinho pelo deserto até encontrar o Coronel Brighton (Anthony Quayle), que o leva à presença de Faisal (interpretado pelo inglês Alec Guinness). Nesse encontro, Lawrence, indo contra as ordens do coronel, aconselha o príncipe a atacar Aqaba (situada atualmente na Jordânia – lá no finalzinho do Golfo de Aqaba), dominada pelos turcos. O príncipe recebe bem esse conselho, e Lawrence, na companhia de Ali e outros beduínos, cruza o mortal deserto do Nefud (na Arábia Saudita – uma travessia quase impossível. É o pior lugar que Deus já construiu – totalmente sem água) para persuadir Auda Abu Tayi (Anthony Quinn), chefe dos howeitat, a atacar Aqaba com eles. A cidade é, então, tomada pelos árabes, e Lawrence retorna para o Cairo (capital do Egito) para dar a notícia aos britânicos; no caminho, perde um dos seus jovens servos em uma areia movediça, o que o deixa perturbado.
Existe um pedaço deste deserto denominado a bigorna do sol. Onde os personagens tiveram queimaduras de 3º grau ao realizarem a filmagem. Ao decidir adentrar por terra pegaram os soldados desprevenidos porque os canhões de Aqaba estavam posicionados protegendo a invasão pelo mar.
Foram usados 500 pessoas para varrer o deserto durante a produção para que não se deixasse erros de gravação. Uma vez que não poderiam aparecer que outros beduínos tivessem feitos esta façanha em travessias anteriores.
A Bigorna do Sol só pode ser atravessada de noite porque ninguém suporta o calor do sol naquela região.
A cidade é, então, tomada pelos árabes, e Lawrence retorna para o Cairo (capital do Egito) para dar a notícia aos britânicos; no caminho, perde um dos seus jovens servos em uma areia movediça, o que o deixa perturbado.
O ponto alto do filme é que Lawrence é informado que um dos beduínos se perdera no deserto e ele volta para refazer a travessia sozinho apesar da insistência do grupo para não cometer esta loucura. Este ponto da filmagem passa a ser de filme de terror e sofrimentos. Ele resgata o beduíno e retorna junto com o beduíno ao acampamento. E aí ele é recepcionado com o um herói. É quando na tradição dos beduínos ele ganha a sua túnica branca. Só ganha esta túnica quem provar um ato de heroísmo.
O elenco e a metamorfose dos personagens impressionava pela transformação que era idêntico ao personagem real (tipo encarnação).
No Egito, ele encontra o General Allenby (Jack Hawkins), que passa a apoiar a causa árabe oferecendo armas e dinheiro; ao mesmo tempo, trama com Dryden, por trás de Lawrence, os planos para o domínio britânico na Arábia. Ao retornar para ajudar a revolta, Lawrence passa a organizar ataques e explosões às ferrovias que ligam as cidades do Oriente Médio, atrapalhando o transporte e a mobilidade das tropas turcas. Ao fazer uma visita de reconhecimento à cidade de Deraa (hoje na Síria) incógnito ao lado de Ali, ele é levado por soldados turcos, junto com outros jovens árabes, à presença de um oficial turco (José Ferrer), que o despe e o inspeciona com o intuito de satisfazê-lo sexualmente. Ao resistir aos avanços do oficial e na tentativa de não ser reconhecido, Lawrence bate nele.
Como punição, o britânico é açoitado repetidamente antes de ser jogado na rua. Traumatizado, Lawrence retorna para o Cairo, onde também não se sente à vontade. Por isso, o General Allenby precisa convencê-lo a ajudá-los a tomar Damasco (capital da Síria), a principal cidade para os árabes.
Ao reunir as tropas árabes, Lawrence corre para tomar a capital Síria (Damasco) antes das forças britânicas. Assim, os árabes formam um conselho para administrar a cidade, mas as rivalidades entre os grupos os impediram de manter o funcionamento dos serviços públicos, fazendo com que os árabes deixassem a cidade para os britânicos. Logo em seguida, Lawrence é enviado para a Inglaterra, após perceber que não é mais útil nem para os britânicos nem para Faisal, que acabam chegando a um acordo no final.
Laurence da Arábia foi um filme que custou 15 milhões de dólares. Ele foi lançado em 10/12/1962. Direção de David Lean. Ele dirigiu mais de 16 filmes famosos.
Alec Guiness como Príncipe Faiçal. Com Anthony Queen (mexicano) interpretando Alda Abu Tayi. E Omar Sharif (egípcio) interpretando o Sherif Ali.
O filme também apresenta os conflitos emocionais internos do personagem em relação à sua própria identidade, dividida entre a sua Grã-Bretanha natal e os árabes do deserto.
O filme Lawrence da Arábia, que de alguma forma, o objetivo do filme é criticar o imperialismo que forja a sua narrativa. Segundo Caton, Robert Bolt, um dos roteiristas, escreveu que via T. E. Lawrence como um “daqueles bodes expiatórios do imperialismo” (“stalking horses of imperialism”, no original em inglês), e os britânicos, ao longo do filme, são retratados como implacáveis e enganosos na sua busca por poder imperial. Tanto que a introdução do personagem de T. E. Lawrence é em uma sala, no Cairo – capital do Egito, pintando um mapa – provavelmente da Península Arábica –, que funciona como uma espécie de metáfora visual da trama do filme.
Lawrence, é um sujeito branco europeu ocidental, o criador da Arábia. Ainda que seu personagem seja carregado de ambiguidades em relação à sua verdadeira lealdade e nutra grande simpatia pela causa árabe, essa imagem deixa claro que o objetivo final das suas expedições é a bem sucedida expansão do imperialismo britânico para o Oriente Médio. Na cena seguinte um mapa dessa região encontra-se enquadrado atrás do General Murray e de Dryden na sala do militar: é para lá que enviam Lawrence para “observar a situação” dos seus aliados árabes no front oriental da guerra. Junto com ele, o espectador vai “descobrir” e “criar” a Arábia.
O filme, por ser dirigido, por um europeu. Coloca o povo árabe como muito passivo vendo sua riqueza sendo roubada pelo explorador britânico de forma muito passiva. Tanto foi que este filme foi muito questionado pelos árabes.
No entanto, Lawrence da Arábia é um filme bem mais complexo, repleto de sutilezas. Na interpretação de Caton, que interpreta o Príncipe Faisal, ao perceber a simpatia de Lawrence pela causa árabe, em uma cena que mostra o envolvimento inicial do explorador na Revolta Árabe (1916 -1918), passa a manipulá-lo da mesma forma que seus conterrâneos britânicos. Pois Lawrence mostra-se aberto a ser persuadido por ambas as partes. O roteirista Robert Bolt explicou que era preciso ver Lawrence como um homem que era usado, mas que também era conivente com a manipulação da sua pessoa, uma vez que ele parece ter a necessidade de ser dominado tanto quanto tem necessidade de dominar.
Uma curiosidade T. E. Lawrence sempre anda da esquerda para a direita nas cenas do filme (do ocidente para o oriente). A exceção de sua volta para resgatar o beduíno perdido.
Mesmo assim, em várias cenas do filme, Lawrence é mostrado como o “criador” da Arábia e, por consequência, do nacionalismo e da identidade árabes, despindo, assim, os árabes de qualquer sentido de agente na sua própria história, exceção feita à figura do Príncipe Faisal. Como observou Caton, como em grande parte do discurso orientalista, “tribo” e “tribalismo” tornam-se metonímias para “árabe? no filme, como a ideia central de que a vida dos árabes gira em torno das rivalidades tribais, que são arduamente – e temporariamente – superadas no filme graças à tutela de Lawrence. O mesmo acontece com o estereótipo do “árabe violento”, perpetrado pela tradição orientalista, uma vez que formaria uma “sociedade endemicamente violenta pela ausência de algo parecido com um estado central para manter a paz.
Entende-se por “tradição orientalista” o discurso sobre a representação do Oriente criado por uma série de intelectuais, governantes, viajantes e oficiais europeus, que tinham por intuito formar um cabedal de “conhecimento” sobre essa região que acabou, consciente ou inconscientemente, sendo usado na expansão dos impérios europeus pelo continente asiático. Com relação ao árabe, na visão de Said, esse discurso criou uma imagem de um “outro” europeu, sob as rubricas de “bárbaro”, “violento”, “despótico”, “sensual”, “incivilizado” e “irracional”.
Nós historiadores sabemos que o pai do príncipe Faiçal chamado de Hussein foi o xarife da cidade de Meca (cidade da Arábia Saudita). Ele foi o líder dos árabes contra a opressão dos turcos (Império Otomano).
Em meio aos quatro filhos de Husseim, Ali, Abdulla, Faisal e Zayd, o mais apto a tomar esse posto era, aos olhos de Lawrence, Faisal. Por isso, em sua narrativa, ele representou Faisal como o responsável por contornar as rivalidades entre os clãs beduínos para uni-los em torno da causa árabe, uma vez que teria resolvido várias das disputas entre eles, sendo que suas decisões nunca foram questionadas.
Isso fica claro nas cenas que mostram o encontro entre os beduínos. Quando Lawrence tem seu primeiro encontro com o deserto, ele está sendo guiado por Tafas, um beduíno hazimi da “tribo” Beni Salim. Eles precisam passar pelo território dos haritas, onde os hazimis não são bem-vindos. Ao pararem para tomar água em um poço harita – uma água não muito boa porque os harita são um “povo sujo”, segundo Tafas.
Eles (os beduínos), em seguida, se deparam com a figura do Xarife Ali, que logo mata Tafas, após este apontar uma pistola em sua direção. “Ele é um hazimi. Sabia que não podia beber desse poço”, justifica o líder harita, no que Lawrence retruca: “Xarife Ali, enquanto as tribos árabes lutarem entre si, os árabes serão um povo pequeno, um povo tolo! Gananciosos, bárbaros e cruéis. Como você!” É o primeiro momento do filme que Lawrence identifica os beduínos como um povo único, sendo a identidade árabe o ponto em comum desses grupos. A grandeza viria com a independência dos países árabes diante do inimigo turco.
Uma cena com o mesmo leitmotiv se repete mais à frente, quando Lawrence e os haritas tomam água de um poço em território howeitat depois de realizarem a perigosa travessia pelo deserto de Nefud.
O líder howeitat Auda Abu Tayi, em um primeiro momento, proíbe os haritas de beberem da água do poço; se os haritas matarem Auda, que está acompanhado apenas de um de seus jovens filhos, uma guerra entre os beduínos explodirá, o que não era de interesse “nem dos generais no Cairo, nem do sultão”, segundo Lawrence. Em seguida, para apaziguar os ânimos, Auda oferece hospitalidade ao grupo.
Já na tenda de Auda, Lawrence tenta convencê-lo a se juntar aos demais beduínos para atacar por via terrestre a cidade de Aqaba, dominada pelos turcos. Neste diálogo, Auda deixa claro que não é “servo=escravo” de ninguém e que suas ações são guiadas pela sua própria vontade, mas que aqui se traduzem por pagamento em ouro.
T. E. Lawrence é comparado com o Moisés bíblico.
A identidade “tribal” é bastante forte no discurso de Auda, que Lawrence tenta desconstruir ao procurar um sentido de comunidade comum a partir do termo “árabe”, que reuniria todas as tribos beduínas mencionadas pelo líder howeitat. Na verdade, Auda resolve atacar Aqaba com a promessa de encontrar um baú com ouro guardado pelos turcos.
O protagonismo de Lawrence na criação dessa identidade retratado no filme desconsidera tanto o histórico de pensadores árabes que se voltaram para essa questão, quanto a própria agência desses grupos na formação da sua própria identidade. Para Hourani, os árabes, “até onde podemos alcançá-los na sua história passada”, já tinham consciência da sua língua, e na Arábia pré-islâmica possuíam uma “espécie de sentimento “racial”, um senso de que, além dos conflitos de tribos e famílias, havia uma unidade que congregava todos os que falavam árabe e podiam se dizer descendentes das tribos da Arábia”.
E mesmo após o domínio turco, a língua árabe manteve “a sua posição privilegiada, como a língua da cultura e da lei religiosa [principalmente por ser a língua em que o Alcorão está escrito], em suma, do Estado no seu aspecto religioso como defensor da Charia. Como tal, era o meio pelo qual os árabes ainda podiam desempenhar um papel na vida pública da comunidade”. Essa visão vai de encontro à mensagem propagada pelo filme, de que a identidade dos beduínos estava associada apenas ao “tribalismo” sem nenhuma influência do árabe. A presença tímida da língua árabe em um filme falado na sua totalidade em inglês também contribui para representar essa falta de unidade apontada por Lawrence. Inclusive até mesmo uma passagem do Alcorão, que é pouco citado ao longo da trama, é recitada em inglês, e não em árabe, como é da tradição islâmica, por Selim a pedido de Faiçal em sua tenda.
O livro de Lawrence (Seven Pillars of Wisdom) narra de uma forma bem diferente o ingresso de Auda Abu Tayi na Revolta Árabe. Segundo ele, Faisal precisava dos howeitat para realizar o ataque a cidade de Aqaba, os howeitats são conhecidos por serem guerreiros ferozes. O contato com Auda já vinha sendo feito há um tempo, sendo que os primeiro chefes de outros clãs dos howeitat, seguidores de Auda, apareceram no acampamento de Faisal para jurar lealdade a ele e à causa árabe. No entanto, Faisal só ficaria tranquilo se o próprio Auda aparecesse em pessoa na sua frente e prestasse ele mesmo o juramento, no que foi prontamente atendido, pois algum tempo depois, ele mesmo apareceu na companhia de seu filho Mohammed, de 11 anos. Assim, Auda ataca Aqaba pela causa árabe e não pela promessa de riquezas como faz parecer no filme.
Como sabemos dos registros históricos, o império turco foi se desintegrando nos séculos XVIII e XIX, tomando tons “nacionais” de oposição que giraram em torno dos seus líderes das famílias religiosas das grandes cidades que tinham conseguido “preservar a sua riqueza e a sua posição social sob a proteção do sistema religioso”.
Nessas famílias, as ciências da língua árabe eram prezadas e passadas adiante, como uma introdução necessária às ciências da religião: o orgulho da origem árabe - muito frequentemente, descendência do Profeta ou de um dos primeiros heróis do Islã - era misturado com uma percepção do que os árabes tinham feito pelo Islã, e ambos reforçavam aquele senso de responsabilidade para com a comunidade e o passado. Num certo sentido, portanto, podiam ser considerados porta-vozes da consciência árabe.
Esses movimentos, associados à difusão do nacionalismo entre os súditos balcânicos do império, podem ter feito aumentar a consciência de uma diferença entre os turcos e os árabes ao longo da primeira metade do século XIX, segundo Hourani. O nacionalismo árabe explícito, como um movimento com objetivos e importância políticos, só apareceu no final do século XIX. E mesmo esses movimentos nacionalistas em torno do reinado do sultão Abdulhamid II eram heterogêneos e plurais: de um lado, havia os defensores do sistema existente – o sultão e seus acólitos – com a monarquia e o elemento muçulmano como forças centralizadoras para a manutenção da unidade do império e para garantir a independência do islã; de outro, havia os que defendiam uma monarquia constitucional, com direitos iguais para os muçulmanos e não muçulmanos, turcos e não turcos.
A cena da areia movediça é fantástica. Que engole um menino novinho que fazia parte da caravana. T. E. Lawrence muda de expressão de acordo com o tempo e fases da filmagem. É a maior interpretação e a melhor interpretação produzida até o ano de 1962 ano de gravação do filme. A qualidade documental deste filme é inigualável. Lawrence consegue ignorar a dor! Esta é mensagem principal do filme. O filem inclusive sugere que nas cenas em que foi capturado, preso e torturado ele fora estuprado.
Não sou um cinéfilo, mas posso pedir ajuda do meu amigo Gelber que eu considero um cinéfilo mimosense. Para mim foi o melhor filme que assistir em minha vida. Melhor que Um homem chamado cavalo, melhor que uma linda mulher, melhor que dólar furado, melhor do que O Poderoso Chefão.

